Ninguém sai ileso de ouvir palavras
de amor d’antes de épocas de rainhas
e de donzelas, d’antes de descrições vãs
contidas num vaso de porcelana chinesa.
Porque bate um coração duma dona,
porque vêem os olhos movimentos de
cores no ar, simplesmente porque são
palavras de amor o que há nos gestos.
Fica o silêncio na percepção dos seres,
e um papel ou um desenho contendo
o amor d’antes a estranheza dos homens
pode mudar uma vida, fazer cair o céu.
Porque bate um coração duma dona,
porque ainda vive de sonhos o senhor,
dono do amor, caído de braços abertos,
porque nada pára, como a vida assim exige -
como corre um rio que não volta mais,
não como um tambor vazio que inundou.
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