Morreu nesta manhã
de terça-feira um homem
qualquer que seja com nome
igual a tantos de sua procissão.
O indivíduo trajava
num terno a tragédia
de toda sua pele tomada de pedra,
como todos de sua língua dos anjos.
Seus olhos boiavam abertos
ainda ao susto de ter
suas botas roubadas e
seus dentes de ouro arrancados.
Queria andar, já não consegue
queria comer, perdeu sua fome
desejava beber, sua sede secou,
como o sangue sem correnteza.
Este é mais um dia comum,
e também um segredo ao lado
do lado de dentro de nossa cidade
onde nada se sabe do santo do dia.
.
.
.
sábado, 2 de fevereiro de 2008
Necrológico
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário