quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Mar de volta

Entre mar e pedra tocam-se
alga e espuma, eco e silêncio:
e é uma linha tênue a do grito
quando fere a pedra o mar.

São palavras as cantigas humanas,
também os gestos que esculpem a natureza
do sorriso, da lágrima, qualquer cor
guardada na memória após a ressaca.

Há uma donzela na borda do oceano,
na ponte, no alto, com olhos longe:
ela quase pode quase tocar o céu, quase cair no mar
tão alto, tão alto, e tão longe seu sonho.

Espera uma resposta da água, no horizonte,
espera ser parte da pedra onde repousa seu sono -
o que retorna dos dias é sua imagem refletida,
aguardando um amor que não voltará.

Um comentário:

  1. Em busca de poesias sobre o MAR
    depois de buscas vim aqui chegar.
    Linda esta poesia!
    Gostaria de vê-la no meu blog sobre o mar.
    Se vc me permitir por favos mande-me para este endereço: mardemarcelle@hotmail.com
    Com carinho, Marcelle

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