Morreu nesta manhã
de terça-feira um homem
qualquer que seja seu nome
igual a tantos de sua procissão.
O indivíduo trajava
num terno puído a tragédia
de toda sua pele tomada de pedra,
como todos os anjos de cemitério.
Seus olhos boiavam abertos
ainda ao susto de ter
suas botas roubadas e
seus dentes de ouro arrancados.
Queria andar, já não consegue
queria comer, perdeu sua fome
desejava beber, sua sede secou
seu vinho em suas veias cortadas.
Este é mais um dia comum,
e também um segredo ao lado
do lado de dentro de nossa cidade
onde nada se sabe do santo do dia.
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sábado, 20 de junho de 2009
Necrológio - Assassinato de um homem bom
Autor: Poesia às 6/20/2009 1 comentários
Marcadores: corpos
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