Um movimento desencadeia
movimentos de máquina e solidão:
o prisioneiro se vai caminho
e, à tona, o choro desenferruja
as engrenagens do peito,
as dores do músculo.
As peças fabricadas em série,
os movimentos cegos do corpo
e as montagens dos momentos:
tudo é produto da massa
que solda os fios da vida
e solta o cegos de mãos vazias.
A fábrica da vida
é só isso, por metáfora dizer:
bater martelos nos
parafusos da cabeça
a largar os loucos
fora de suas casas,
longe de seus amores.
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Fabricação
Autor: Poesia às 12/01/2008
Marcadores: corpos
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Gostei do poema, polissemico, verdadeiro e desafiador. Gostei de todo o blog aliás. Abraços. Domingos.
ResponderExcluirRealidade irônica... gostei muito do seu poema!
ResponderExcluirmirna
É mas volte agora e ainda é ele. Domingos.
ResponderExcluir"voltei"
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