Três vezes a batida do martelo
três vezes a badalada do sino
três vezes eu fiquei bêbado.
Pendurei quadros, consertei traços
rezei missas e dei as boas novas –
comemorei o mundo girando.
O prego não segurou a pintura
enferrujou meus dedos
fez um buraco que não se fechou.
Veio, então, o eco de tudo isso,
que a vida é um instante na fala
e insinuação por se morrer tão cedo.
Talvez, se eu dissesse que te amo
com vinho tinto em teu rosto
eu não visse a lua sempre pálida.
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Autor: Isaias Zuza Junior às 9/05/2007
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